domingo, 15 de novembro de 2009

A segunda geração que me persegue.

E você foi meu olhar
na primeira vista do oceano,
quando com os pés molhados
jurei fidelidade
à graça do mundo.

Temerosos anos
entregues ao ópio da juventude.
Que cicatrize.
Se fosse abastado,
aguentaria ver
o expoente fraterno de minha infância
no seu único grito agonizante.
Grito calado,
espremido pelos olhos
que se ocultaram da vida
por trás de ébrios espectacles
fundo de garrafa.

Pai da circularidade,
reze pela alma condenada
ao desejo enfermo!
Meus pés cheios de lama
não aguentam mais
a obscuridade da ação real,
da incompreensão
e do ignorar massivo
que tornam a iluminação
invisível.

Foi o primeiro olhar
que ao me esquecer
afogou me
em lágrimas da vida.

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