sábado, 31 de outubro de 2009

Felicidades

Ganhei parabéns
pelo que não conquistei.
Cresceu a prova
que eu não serei.

Organograma

É independente
essa existência de Deus
Ele está sobre nós
sexualmente talvez
Na noite calada sinto
que me vejo no lugar dele
Idiocratizando
Exaltando
No silêncio compreendo
que é iluminada a dúvida
pois só ela consagra onde já não cheguei
Construo algum espaço por sonho
para ter certeza de que não sou já o que sonho
mais o sonhado que retrai e me convenceu
à transposição negativa porém rígida
de que progredi no parâmetro
imilimetrado
indo e vindo
provei a vida circular.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Abenteuer
Tom
Sayer

É tempo de viver nessa nuvem

Correndo
para fora do céu
em círculos.
Olhares despencando
em meus sonhos suados.
O frio
árido,
ávido à felicidade.

Saio nu
pronto para o almoço,
para esmagar a primeira pessoa da voz emotiva.
Derrubado por partes de outros
que cochicham -
cortam como foice.
Carrasco, ouça o kharma.
Não é tempo,
devia ser errado.
São esses braços abertos
para as cidades da hora secular.

Desdém na areia
e os médicos estão preparados,
a hora chegou e todos os volumes
da era perdida vão rachar na biblioteca infinita.
Cosmos hexagonais em perfeita trindade de ouro,
divinas pontas fracionadas.

Eu saio por ai nu
e cada olho corta o sonho como foice.
Meu carrasco é medalha,
é honra que nunca mais será
e já foi.

Big Sur

"...alguém que não tenha sofrido com delirium tremens ao menos nos primeiros estágios não é capaz de entender que não é tanto uma dor física mas uma angústia mental impossível de descrever aos ignorantes que não bebem e chamam quem bebe de irresponsável - A angústia mental é tão intensa que você sente que traiu o seu próprio nascimento, os esforços não as dores do parto da sua mãe quando ela deu à luz a você e entregou você ao mundo, você traiu todos os esforços que seu pai fez ao longo de toda vida para alimentar você e educar você e fazer de você um homem forte e meu Deus até educar você para a "vida", você sente uma culpa tão profunda que você se identifica com o Diabo e Deus parece estar longe abandonado você à sua estupidez doentia - Você se sente doente na acepção mais ampla da palavra, respirando sem acreditar , doentedoentedoente, a sua alma geme, você olha para suas mão inúteis como se elas estivessem em chamas e não consegue se mexer, você olha para o mundo com olhos mortos, no seu rosto está uma expressão de dor incalculável como um anjo constipado em uma nuvem - Na verdade é um olhar canceroso que você lança em direção ao mundo, através da lã marrom-acinzentada que cobre os seus olhos - A sua língua está branca e nojenta, os seus dentes manchados, o seu cabelo parece ter virado uma palha de um dia para o outro, você tem remelas enormes no canto dos olhos, meleca no nariz, baba nos cantos da boca: em suma aquele horror muito conhecido e asqueroso que todo mundo que já cruzou com um bêbado na rua Boweries mundo afora conhece - Mas não tem alegria nenhuma, as pessoas dizem "Ah ele está bêbado e feliz deixe ele dormir para melhorar" - O desgraçado está chorando - Chorando pelo pai e pela mãe e pelo grande irmão e pelo grande amigo, chorando para pedir ajuda - Ele tenta se recompor trazendo um sapato para junto do pé e nem isso ele consegue fazer direito, ele vai deixar cair o sapato, ou derrubar alguma outra coisa, invariavelmente ele vai fazer alguma coisa que vai provocar o choro outra vez - Vai enterrar o rosto nas mão e gemer implorando por compaixão mas ele sabe que não vai receber nenhuma - Porque ele olha para o céu azul e não tem nada lá em cima além do espaço azul fazendo uma enorme careta - Ele olha para o mundo, o mundo está mostrando a língua e depois essa máscara cai o mundo fica olhando para ele com enormes olhos vazios injetados de sangue como os próprios olhos dele - Ele pode até ver a Terra se mover mas isso não tem nenhum significado especial - Qualquer barulhinho vindo de trás faz ele rosnar de raiva - Ele puxa e tenta arrancar a camisa manchada - Com vontade de esfregar a cara em alguma coisa que não esteja.
As meias dele está grossas de uma gosma úmida - A barba no rosto faz coçar o suor que escorre e incomoda a boca atormentada - Um sentimento distorcido que não mais, nunca mais, agh - O que ontem era belo e puro hoje se transformou por motivos irracionais que inexplicáveis em um lúgubre tonel de merda - os pelos em seus dedos o observam como os pelos da sepultura - A camisa e as calças se grudam à sua pessoa como se ele fosse estar bêbado para sempre - A dor do arrependimento penetra como se alguém estivesse empurrando ela de cima - A belas nuvens brancas no céu só agridem os olhos - A cima - A única coisa a fazer é se virar com o rosto para baixo e chorar - A boca tão desfigurada que não sequer como ranger os dentes - Não há sequer força para arrancar os cabelos."

J.K.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Engula feliz.

Como alguém que esperava por,
ela desceu arrastando os quereres para dentro de ti,
deixando de lado a ideia
para assumir a perfeita realização.
Espasmos cortando tua pressão,
se engasgando com o batimento forte
e perdido.

Uma tarde se foi
e com ela
cada pedaço digerido
e majestosamente suficiente.
Majestade, o bobo da corte assumiu.

Um canto litúrgico para o menino Jesus,
ele amou o seu querer e não aceitou
as aspas do tempo sobre o estatismo
de onde se encontrou
Em nome do pai,
Do filho
E do insuficiente;
Zen.

Meu amor

Amor é ardor
que retesa quando me toco,
me faz esquecer a dor.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pecado Zen

Tome um gole meu bebê,
tome comigo.
Esqueça que você pode crescer,
admita o bem que te faço.
Aceita, meu filho.
A inocência é inconsciente
não sentirá falta.
Encontre teus diabos agora
,pois potencialmente eles explodiram
sobre sua pressão sanguínea.
Mais um gole criança,
o futuro espera triste e calado
e não seja louco de não enlouquecer.
Olhe para essas estrelas,
escrevê-las?
Mais um querido,
isso acalmará o céu
e se as estrelas caírem,
o que há de errado nisso?
Um último meu querido.
Não tenha pressa.
Você,
Nunca mais
se verá por aqui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

JK

Tardes de verão-
Mastigo impaciente
A folha de jasmim
Tardes de verão-
Tardes de verão
Impaciente
As folhas de jasmim
Tarde de Verão
Tardes
Tarde
Impaciente

O mundo velho
as palavras novas
ninguém pode descrever

Tardes de verão-
Mastigo impaciente
A folha de jasmim
Impaciente

sábado, 24 de outubro de 2009

Dei-me vossos preces

que seja do começo pra começar a nos reconhecer
que seja pra começar a nos ver diante do espelho
que seja diante de trás das nossas máscaras, apareçam, APAREÇAM FILHAS DAS PUTAS!

que seja a minha cerveja, que seja tudo que me faça pirar

Se eu fosse ouro eu iria brilhar
com cada sonoro que complicaria cada coisa,
eu diria que a cada grito eu logo entenderia.
logo logo.
Sua pressa minha ritmoterapia.
Duas horas pré cambrianas em parlo complexos leve escolecos
de levedura de ricos em fora do giro INPI fraco.

foda-se todas as porras de estudos que sejam nosso conhecimento
sobre a poesia, ou não poesia, tudo,tudo mesmo!
gostaria de desfrutar dessa infeliz felicidade,dessa simples alegria, dessa simples pureza
dessa simples alegria
dessa simples,ou complexa, cerveja

dessa simples cerveja que me faz feliz
a única que me faz feliz
o único amor que eu sempre tive
nada a faz mudar, nada compreende sua beleza
que me muda de uma forma incompreensível, de um modo
que nada, somente ela me entende

"la]]]E ]ntre
entre
você voando livres
fora
fora de mim fora de você.
E a vida me escolheu pra eu apagar o fogo,
o fogo do inferno verde e danteístico dentre todos
todos os traços amórficos envolvidos por fumaça e chuva.
Chuva me lave, pois eu não sei aonde vou parar"

Nem chuva nem sol, nada tira a minha felicidade
nada a tira a minha única viagem
nada tira o meu oceano
o meu oceano infinito
o meu céu sem fundo
a minha terra sem mais nenhuma beira
minha vida sem fim

e a minha fumaça continua
fazendo com que toda a imagem vista
pareça confusa, sem nexo
assim como minhas palavras bêbadas
façam com que tudo nesse mundo
seja lindo e até maravilhoso

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Havia uma pedra em seu cachimbo.

As cobertas tremiam,
acordei de cara com o despertador:
5:00 AM
Maldita americanização.
-Amor, você está acordado?
Grunhi.

Percebi que algo estava errado,
talvez fora presente do sono essa percepção.
Os olhos dela estavam estralando,
provando verdadeira loucura derradeira.
-Cacete, você fumou aquilo?
Merda, eu falei que era forte pra você porra.
-Juro que não aguentei,
ele me chamava.
Você sabe como passei a semana toda sem...
Estou assustada!

Ela me lembrava os cubos do meu uísque.
Fui até a cozinha, enchi o copo.
Céus, o movimento transmitido pela janela
parecia televisivo.
Puta ; cafajestice.
Sentei na cama encarando o copo e os pelos da perna.
Ela tinha sumido.

Cruzei cada cômodo a vontade,
não havia pressa.
Ela estava no banheiro,
na banheira.
Gritava dizendo que precisava se esquentar,
não discordei e ofereci um trago.
O papel de parede nunca esteve tão manchado,
parecia que alguém resolvera cagar em cada centímetro.
-Toma um gole meu bem, vai te fazer bem.
Ela pensou que fosse um martelo,
percebi como enfraqueceu-a, acalmou-a.
Tanto melhor assim, pensei.

Sequei seu corpo farto,
cada gota a menos era um pensamento sujo em minha cabeça.
Homens, só querem trepar.
Não é mentira e com muita certeza apenas descuido das mulheres,
pois até hoje não perceberam que isso é o que importa.
Ela se acalmou.
Ninei-a em meu colo,
acariciando sua mente conturbada lentamente
e aproveitando cada fio maravilhoso e excitante
que saia de sua inteligência.
A cor não importa.
Acabei o copo,
me servi outro e agora completo.

Sentei na cadeira descascada da sala e observei.
Horas de circunspeção olhando aquele ventilador
que oscilava em cima do carpete sujo e cheio de merda.
Merda, assim cheira essa casa e meu cú.

Levantei com calma e sem deixar o copo descansar,
lamentando cada passo abri a caixa e resolvi botar tudo.
Achei um pedaço de guardanapo de seda
de baixo do pé esquerdo do sofá.
Enrolei com calma e precisão.
Perfeito.

O dia nasceu,
ela dormia
e eu
recusava aceitar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pós moderno: um cú

E jorrou com gosto,
COM GOSTO.
Ele lembrava levando as ideias longe sem ao menos pensar no que poderia acontecer se logo deixasse de desejar o futuro mais próspero sem furos de realidade ou qualquer tipo de coisa. Afinal era tudo gorfo,vômito,líquen do âmago, ouro de bêbedo.
Que gosto amoníaco roçando o polo mais próximo à garganta.
Não era milho a propósito, não comerá o dia todo.
Isso sim é que devia sair.
Veio mais.
mais.
mais
ma is...

Isso, meus amigos, é o resultado de grande parte da poesia atual.

Resolvi dizer

Hoje disse uma palavra.
Realmente sonhava
que tinha de dizer a mesma.
Ela soou com minha frequência,
meu timbre,
minha fluência
e ainda assim não pude entendê
Lá.

Sussurrou em meu ouvido
minha razão ou talvez Deus.
Puxando uma racionalidade onírica,
me contou sobre a rivalidade entre o Céu e o Inferno,
o Fluído e o Sólido;
as causas da guerra.

Meras palavras,
as armas que têm.
Nessa período à'penas
um significado;

Eles devem dizer ,pois devem sentir,ser e refletir;
O amor foi criado por aqueles que nunca amaram;
A honra pelos desonrados;
A Necessidade por todo res cogitans extensus.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Água bate no canto direito da minha bunda.

Profundo
Submundo
Entre gotas em líquens,
Entre Ecos de passagens bíblicas.

Doce mármore
calcifique,
gele,
mostre o frio que transformou.
Transtorno.

Estas ranhuras são perfeitas;
no fundo deste poço
tudo que me rest'é
perceber.

Belo dia,
o sol nunca amanheceu tão traçado.

domingo, 18 de outubro de 2009

Tenho certeza que logo entenderei
o caso deste condenado

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Polifaceado

Olhos
me digam, azuis,verdes.
Mais um momento
para ser condimentante.

Pisque.
Sua voz nunca vai se apagar
dentro deste ser volátil.
Nunca morra.

Suas ideias
sejam
todas
demais
suportarei.

Prece em mim

Seu tiro
penetra líquido em meu estômago fraco.
Sou virgem nestas situações .
você joga meus esforços ao relento.

Pelo amor de Deus
um momento fino para você entender.
Nem mais nada.
Sua pele sobre minha.

Faço atrito e tudo mais
em meu pensamento.
Isso,Não basta pra ti.

Independente

Ele a tirou de mim.
Deus.
Um último suspiro talvez seja rítmico,
enquanto meus olhos estão no chão.


Por mil anos,
eu te darei meu corpo
e minha segunda chance independente de meu nome.
Minha irmã,está à seus pés.

Beleza é arrastar cada milímetro de seu braço sobre sua consciência,
independente de cada detalhe do seu sorriso ou seus dentes mais do que independentes.

Mais do que cada segundo
é entregue à simulação
do alcoólatra mais fraco forte em amor!

Seu cigano

Me diga como foram os últimos tempos
dessa sua estação
e agora o que dirá?

Uma última vez, uma última ah...

Seu toque me sente como a sorte de um cigano;
seu cigano ao mar.
seu cigano precário dentre tudo.

Você está em tudo, tudo e nem sei.
Seu caso de um homem morto.
Não faz sentido se preocupar.
Aiaiai

Nossos guardas chuvas que se juntem,
pois cada música que você balbucia é importante.
E acho quê você entenderá!

Se eu fosse ouro seria rico e iluminaria tudo isso.
não pretendo.
Quem sabe dizer do meu chapéu quebrado
com 20 anos de amor?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para os de queixo forte.

E você
que dança com as mãos em sua fralda
não dance
e não cante.

Sua infidelidade mental,
sua falsa rudez,
sua vontade desesperada pelo desprezível.
Desconhece.

Somente quem se molhou
para nunca mais secar
grite
pois uma vogal
talvez seja tudo que tenhamos.

Ele está dentro de nós!

-Mais uma por favor meu amor!
Oh tom, nunca teve jeito, sempre teve todo o jeito. Um cara sensacional que jamais mostrou necessidade desse negócio de pegar fogo entre as linhas de um comediante engravatado. Ele mantinha sempre suas mãos baixas para não demonstrar seu orgulho tolo, querendo ou não com a ajuda da garrafa isso nunca foi algo difícil. Eternamente seu nome era Tom, mas era conhecido como Tom Uísque. Martelando sua mente goela abaixo, ele começava o dia.
-Pelo amor de Deus Tonzinho! Você sabe que te adoro, mas você não pode secar o bar! Hahahaha.
-Querida esse mundo já está seco de mais para mim, não se preocupe estou indo com CAU MA!
Assim todos nós riamos! Sempre com suas piadas e seu fígado estragado, borrando de bom humor as paredes daquela espelunca em que eu e todos os outros contemporâneos coestaduanos ousávamos nos esconder. Fuga medíocre, quem dera mudança fosse opção. Frases de baixo astral como essas não existiam perante a grandeza ébria do ídolo e salvador da moral bêbeda, Tom.
-Ei tom conta pra gente aquela de quando você achou que a mulher do vizinho era uma prostituta!
-Ora rapazes, não preciso contar! Deixa que eu demonstro como foi com aquela belezInha ali no final do balcão! Não se acanhe meu amor!! Hahahha
E lá foi ele, ele sempre ia. Não era como 'nosotros' que não tínhamos coragem nem de dizer para nossas mulheres que amávamo-las. Chegava sempre com seu suingue pro-álcool, sua lábia arrastada e seus olhos de cão molhado. Por Deus, todos nos esquecemos do caminho de casa. Aquelas sobrancelhas flexionadas, aquilo dizia muito sobre um homem. "Meu bem eu perdi tudo mas você sabe, VOCÊ sabe, com um pouco de carinho posso me tornar o filho da puta mais digno desse planeta amaldiçoado pela queda do outono.". Era sempre uma tristeza nos dias que ele não aparecia. Nem a Beti parecia saber servir um bom copo de Chope ou uma dose amorosa de Cana. Era nesses dias que não apareciam traços humanos em nossas vidas, esquecíamos da sociedade e nos tornávamos meras escavadeiras prontas para perder as pontas das unhas enquanto procuramos o fundo do copo ou do poço ou qualquer coisa que o Diabo queira.
Eu gostaria de ser você tom, eu gostaria. Um monge, um andarilho perfeito que se safou das mentiras que construímos para podermos sorrir. Volte Tom ou melhor, apareça e me traga só mais uma garrafa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

No último momento ousarei sentir.

Meu último momento
jamais durou
Pois não houve
sequer o segundo que começou.

Desejo árduo,
rígido, seja forte!
Não há mais tempo.
Não procurem por mim
palavras dessacralizadas.
Não há.

Vi, com olhos que imagino,
os passos do que não veio
e me acompanhou a vida toda.

Sinto. São desculpas.
Não vêm. Venha!

Acompanho de soslaio
o embaralhado de sentimentos
que como um raio
me ignorou.

Lembrando

agora lembrando você,
como não colocaria meus dedos em sua boca
apenas para trazer movimento aos músculos
que fazem sua voz linda e doce.
e agora guardamos onde não sabemos.
nossos segredos adormeceram em roupas de inverno
junto àqueles que você amou a tanto
e agora nem lembra o seus nomes.

quando nos encontrarmos em uma nuvem...


Jeff mangum

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Seu ponto não avista.

Então
meu olhar congelado te acompanhou.
Inverno inferno.
Derreto nossas histórias
no infortúnio do verão.

Pernas.

Céus gritem uma única vez:
Que pernas!

Vamos aos fatos-
coisas deste gênero
nunca aprenderemos na escola.

Certos movimentos eficazes,
isso sim é elevado ao nível da gratificação.
Cante,canto,catou.
Ai sabiá.

Que pernas.

É um traço fixo,
algo que nem a imaginação ignoraria.
Por mais concreto que seja.

Claro e alvo seja
o piscar que chegar
em pernas mais perfeitas.

Reze por Eu Deus.

Um noite em movimento.

Era dia, dia de acordar.
Sábado transpassado por segunda,
já havia passado.

Que horas,
sonhe meu amigo
travessões e coisas jamais vistas.

Já era hora.
Era hora,
aquele casal se masturbava
enquanto o ônibus chegava
na parte concreta da rodoviária.

Sol imundo
lembra-me-a do dia anterior.
Fotos, agora fotos.

Não vejo ' por quê.
Masturbação em público aceito,
mas fotos.
Não quero isso registrado do meu lado.

Digo,
preciso cagar.

Céus, não é chuva.

Meu precipício de ser.
Estou alerta sobre os estragos que fizemos.
No seu nervo, no meu nervo
fecho a porta.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Por favor
Amor.
Agora vou pra cama
sem seu abraço predestinado.
Me segure,
será meu último sonho.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Tão fundo e sinestésico.

Naquele momento,
-seus olhos,
o mundo-
os homens mostraram seu valor.
Digo, ao treparem e desenvolverem essa miscigenação gênica.

Azul, azul em flashes.
Perto e dentro, foi lá,
lá esqueci meus sentimentos.
Imundice, a sujeira que te amou.
Te desenhou, pintou seus olhos de azul.
Azul.

Sua cor, sua risada.
Ambas banalizando emoções
enquanto flutuo em meio à poeira.

No escuro, naquela frequência luminosa
você brincou com a borracha áspera da sua sapatilha
sobre os pelos mentirosos da minha perna.
Dedos caminhando caríceas sobre minha virilidade estéril
e contando meus fios de cabelo como segundos.
Meus segundos que se foram em baixa frequência luminosa.

O contato como agulha gramofônica
cantando um hino para dois.
Hino do meu país, minha paixão.

O último segundo.
O último você não quis contar.

.

não sinta.
você sabe do que falo.
aquela noite,
enquanto procurava,
não deixou de lavar seu rosto
com a água benta do cães.

você não me disse
mas consenti.
que horas.
balbucio.
nem um traço do dinheiro.
você sorri.
não está em minha frente,
nunca esteve.

nada é seu rio.
eu sigo.
o começo.
não sinta enquanto procuro.

Entes

Certamente mente
independente o delinquente.
Sente quando quente
referente ao diferente.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

...chore Não

Quando - Torci
isto - o peito
deixou de ser poema - para não chorar.

Quando - Resolvi
estas - que deveria
não foram linhas - parar.

Quando - percebi
vi transmutarem se - não
as letras - há.

Pense.

Esta escada,
personificando o niilismo,
diz que me guia até o céu.

Reerguendo; Vendendo

Lua alta,
o ápice roça,
a terra úmida sua.
Agora os gritos não se calam
e a infância volta sem os anos
e despreparando a consciência.

Vejo expoentes da confissão,
eles levantam a mão no próprio atacado-
seus sonhos, meus sonhos.
Aleijados,coitados,currados- 

                                                                       Sossegue porra
                      escorra para talvez fertilizar
o que chamo
minha geração.
Meu futuro                   Vendidos


            ["Ainda somos os mesmo
e vivemos como nossos pais."]


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sempre varrida.

As noites têm pago mal.
Saudades do sol
contra o olho do cú.


pagado me mata

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lei dos In

Do que vale o sonho;
indevido
inresposável
involuntário

Horas, noites de verão

Não consigo deixar escapar,
tudo que tenho,
teu olhar infinito esperançoso gritando
meu nome.

Não há formalidade, apenas ideias da perfeição
da surrealização 
de um momento incorrespondido.

Agora grito teu nome mudo,
sem voar,
sem perceber
que você em meu peito
sempre virei a sentir.

Grite pra mim, câmera oculta.

Tudo,
seu temperamento estormeado.
Com olhos fechados vejo e rosto oculto.
Seus olhos, eles me contam.
Eu posso desaparecer em seu nome.

Em segredo conto com loucura
cada desejo que nunca vai surgir,
me estabelesci um escórrego
para desliar seu nome independente de tudo.

Sem amor.
Escravo da imaginação.
Não vivo,
não falo.
ARREPENDO.
Cada momento é indiscritível
e estou sendo somado a massa inerte.
Não levo.
Morro por orgulho,
qualquer que vier
mantenho a fé.