Lá estava,
acossado à sarjeta
enquanto ratos ou delírios
traçavam cortes em sua turbulência.
Roupas bege,
olhos vermelhos
e algum traço de luxúria ébria
escorrendo por seus braços
destrutivamente colocados
na pose da noite.
Em meio à mancha rija de pelos
era possível reconhecer outra,
vermelha.
Vermelho prostituição,
a cor engarrafada pronta para a explosão
que mapeia a decadência.
Porém, tudo começa com os olhos
e geralmente
também com eles acaba.
Cerrados,
fixos,
isolados.
amanheceu
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Intrépido reciclo cotidiano
A escuridão cai
na estrada de meus olhos
que escorre em ínfimas e eternas
janelas deslocadas
de centros harmonicamente límpidos
à abstrações oníricas em transes
surreais que arrebatam minhas lágrimas
antes mesmo da solubilidade reverberante
de suas palavras, como o ar,
salvar minha vida.
O que deveríamos fazer
quando a impermanência,
mentalmente,
é taxada de fodida
e a nudez de nossas esperanças
trava uma guerra com a prepotente e pretensiosa impotência?
O vento ébrio no breu silencioso
despencando toneladas como facas
enquanto o cosmos impõe o necessário
arremessando sol ao leste e minha face
ao chão.
Céus,
um último suspiro compressado
e o amanhã passou.
na estrada de meus olhos
que escorre em ínfimas e eternas
janelas deslocadas
de centros harmonicamente límpidos
à abstrações oníricas em transes
surreais que arrebatam minhas lágrimas
antes mesmo da solubilidade reverberante
de suas palavras, como o ar,
salvar minha vida.
O que deveríamos fazer
quando a impermanência,
mentalmente,
é taxada de fodida
e a nudez de nossas esperanças
trava uma guerra com a prepotente e pretensiosa impotência?
O vento ébrio no breu silencioso
despencando toneladas como facas
enquanto o cosmos impõe o necessário
arremessando sol ao leste e minha face
ao chão.
Céus,
um último suspiro compressado
e o amanhã passou.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Acordo no meio da noite
entre sonhos claustrofóbicos
que urram,
devo defender a dissimulação.
"Você tem que esconder
tudo que lhe é sagrado"
O medo mutilando a língua
que tentava desafiar
o sorriso amargo
de todos aqueles doentes vadios.
Tudo que é feito
lhe dá vontade
de entregar
a vida,
o medo,
mas não as palavras
que restam apenas
como consolo
para o próximo passo errante.
entre sonhos claustrofóbicos
que urram,
devo defender a dissimulação.
"Você tem que esconder
tudo que lhe é sagrado"
O medo mutilando a língua
que tentava desafiar
o sorriso amargo
de todos aqueles doentes vadios.
Tudo que é feito
lhe dá vontade
de entregar
a vida,
o medo,
mas não as palavras
que restam apenas
como consolo
para o próximo passo errante.
Assinar:
Postagens (Atom)