segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deixei de acreditar no tempo
quando soei
e ecou

passado
presente
futuro

era eu
desexistindo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dez, Dê, Sê

Da desesperança,
Do descotidiano,
Da desconstrução oscilatória do sofrimento,
Do tempo, carrasco e autor.

Seguem calados e enfileirados
os enclausurados pela desistência,
aqueles arrependidos,
fixados no tempo,
materializando

sorte e erro
previsão
imprevisão.

Somos nós,
desconstrutores clássicos,
empoeirados, estigmatizados
pelos dogmas da concessão.

Concedo ao exterior
meu certo,
reduzo-o
ao que quero.
Desejado é adquirido,
é perplexo e reflexo,
é inversão pelo sub-consciente,
do vi ao que seja
arrastando o tracejado
florindo à decepção.

Afinal, foi decidida,

"Ó linearidade, recusa!
Sê pra ti,
Separa-te de mim!"

pois nascemos e seguimos
e a dúvida e o contraditório
se tornaram a essência do associal.

Há somente o caminho
em que as pedras são a luz,
a impermanência no infinito
da sequência vital.