domingo, 15 de novembro de 2009

Reclame em duas vozes.

É de difícil encaixe,
o desejo esgotado
da procura desconhecida.
Abandonado, você é perfeição.
Pois os dias são o vento
e na poeira refletem.

Se desencontrou
sem se mexer,
pois acreditava
aguentar viver com sua timidez.

Um enfermo da própria demência
invadido por lembranças
do tempo em que tinha você.
Deitado no chão
contando as tábuas como momentos abençoados.

Ouvindo os gritos
do mundo sobre a necessidade
de amar.
Não lava o rosto com o futuro
que a partir da certeza
vai quebrar a inconsistência
da idealizada unidade.
"Venha,leia me em teus olhos tardios."

Em alguns instantes
percebe da saudade
que bateu e trouxe
quem não existia.
É de difícil encaixe
essa doçura amarela.

Desafiar.
É falta de coragem?
São colhões?
É sonhado,
imaginado.
Marcado distante.

Você chorando um pouco,
com medo dos olhos no espelho.
Pois eles dirão e trarão
o que você
escolheu não aceitar,
humanidade.

Mas tudo vai continuar
e verá a amargura, cujo
desejo supera, não ser
superada até ouvir
o hino do amor;

"Eu te amo"

Ela vai como cursada,
às vezes como se sem você
e então jura nunca mais
ver.
Partir para um novo E

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