Naquele momento,
-seus olhos,
o mundo-
os homens mostraram seu valor.
Digo, ao treparem e desenvolverem essa miscigenação gênica.
Azul, azul em flashes.
Perto e dentro, foi lá,
lá esqueci meus sentimentos.
Imundice, a sujeira que te amou.
Te desenhou, pintou seus olhos de azul.
Azul.
Sua cor, sua risada.
Ambas banalizando emoções
enquanto flutuo em meio à poeira.
No escuro, naquela frequência luminosa
você brincou com a borracha áspera da sua sapatilha
sobre os pelos mentirosos da minha perna.
Dedos caminhando caríceas sobre minha virilidade estéril
e contando meus fios de cabelo como segundos.
Meus segundos que se foram em baixa frequência luminosa.
O contato como agulha gramofônica
cantando um hino para dois.
Hino do meu país, minha paixão.
O último segundo.
O último você não quis contar.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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