quinta-feira, 29 de outubro de 2009

É tempo de viver nessa nuvem

Correndo
para fora do céu
em círculos.
Olhares despencando
em meus sonhos suados.
O frio
árido,
ávido à felicidade.

Saio nu
pronto para o almoço,
para esmagar a primeira pessoa da voz emotiva.
Derrubado por partes de outros
que cochicham -
cortam como foice.
Carrasco, ouça o kharma.
Não é tempo,
devia ser errado.
São esses braços abertos
para as cidades da hora secular.

Desdém na areia
e os médicos estão preparados,
a hora chegou e todos os volumes
da era perdida vão rachar na biblioteca infinita.
Cosmos hexagonais em perfeita trindade de ouro,
divinas pontas fracionadas.

Eu saio por ai nu
e cada olho corta o sonho como foice.
Meu carrasco é medalha,
é honra que nunca mais será
e já foi.

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