Lá estava,
acossado à sarjeta
enquanto ratos ou delírios
traçavam cortes em sua turbulência.
Roupas bege,
olhos vermelhos
e algum traço de luxúria ébria
escorrendo por seus braços
destrutivamente colocados
na pose da noite.
Em meio à mancha rija de pelos
era possível reconhecer outra,
vermelha.
Vermelho prostituição,
a cor engarrafada pronta para a explosão
que mapeia a decadência.
Porém, tudo começa com os olhos
e geralmente
também com eles acaba.
Cerrados,
fixos,
isolados.
amanheceu
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
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