quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Houveram tempos

Talvez seja o final
de uma juventude
esta desesperança
sobre o onírico.
Acordar
com a pele tão boa,
os dedos amarelados
e o cabelo
incessantemente
engraxado.
Olhar as crianças,
fumando seus cigarros
e sonhando nos parques.
Rodam com a enorme
roda da inocência.
Eu desapareço
em tamanha crença,
observo como positivista,
puro de qualquer intensão
de minha subjetividade.
Eles cortam seus cabelos,
escrevem poesia,
eu já estive neste quarto.
As bandeiras armadas
e os pelotões marchando,
todos concisos
de um jeito sagrado
mas perecível.
Derrepente
o crime é partir
e o olhar de adeus
é tomado
pela lágrima da saudade.
Houve um tempo

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