quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Sobre como tentei romper com a relação onírica do Ser - da crença por representar a verdade

   Mamãe abandonou aquele corte
infantil
      que alinhava meus olhos
à testa afunilada
        pelostorpedos (ou entorpes)
  recorrentes-insistentes
     no furor do haxixe
nas memórias        insatisfeitas
     como símbolos secretos
de alimentação renegada
     sem a'bertura famélica
do capital - a cidade
    contorcendo cordinhas sensíveis
arrastando sorrisos
                  por sobre
o sol - em verità consequente,
    churchill's e cohiba's enevoam
promessas de leve combustão
                  duplo cumprimento
    queimando a consistência,
fumo em bom direito
em ordem, reteso e esperado
 a densa fumaça
que oblíqua meus dentes
  quando conto léguas
lembrando milhas
           náuticas - gotas
de esperma risonho
  em constituição, não - a família
fecho                    cerro
sonhos dispersos rezados
    pela boa noite
Ave Maria Maka Hannya Haramita
-      Shingyo
duvidando enquanto consciente
  agora,        tempo
antes        encaro
 o depois        declaro
- silêncio temo(s)

Um comentário:

  1. "Ande, é preciso partir. E partir sem retorno, sem bagagens. Se pelo menos, dizia algumas vezes Buñuel, pudéssemos voltar do túmulo uma vez a cada dez ou vinte anos para folhear alguns jornais e saber como vai o mundo... Mas não. Ele vai sem nós. Adeus."

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