Mamãe abandonou aquele corte
infantil
que alinhava meus olhos
à testa afunilada
pelostorpedos (ou entorpes)
recorrentes-insistentes
no furor do haxixe
nas memórias insatisfeitas
como símbolos secretos
de alimentação renegada
sem a'bertura famélica
do capital - a cidade
contorcendo cordinhas sensíveis
arrastando sorrisos
por sobre
o sol - em verità consequente,
churchill's e cohiba's enevoam
promessas de leve combustão
duplo cumprimento
queimando a consistência,
fumo em bom direito
em ordem, reteso e esperado
a densa fumaça
que oblíqua meus dentes
quando conto léguas
lembrando milhas
náuticas - gotas
de esperma risonho
em constituição, não - a família
fecho cerro
sonhos dispersos rezados
pela boa noite
Ave Maria Maka Hannya Haramita
- Shingyo
duvidando enquanto consciente
agora, tempo
antes encaro
o depois declaro
- silêncio temo(s)
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"Ande, é preciso partir. E partir sem retorno, sem bagagens. Se pelo menos, dizia algumas vezes Buñuel, pudéssemos voltar do túmulo uma vez a cada dez ou vinte anos para folhear alguns jornais e saber como vai o mundo... Mas não. Ele vai sem nós. Adeus."
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