quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sombra

A primeira metamorfose
é o susto inesperado,
porém preguiçoso
e quando começam as canções
da inovação
choramos ao céu
vogais não pronunciadas
ao nascer do sol.

Pela experiência incessante,
a próxima transformação
chega
e como antes
é pretérita à aceitação.
Se fossemos preparados
ou prontos
não haveria dinâmica
e a impermanência
seria o maior mito
desde a salvação
após o dilúvio.

Recostados
rastejamos,
pois começa a se espalhar
a tristeza
que acalentará
a estadia atemporal
de nossa consciência.

Será como as baratas e os ratos,
acanhados pela submissão de olhares discriminantes,
se espalhará pelas periferias de nossa visão
como uma solução, que apenas temporária,
trará pinceladas de esquecimento.

Com o tempo e a destreza,
se tornará melancolia
e com tamanha naturalidade
envolverá a todos.

É tímida durante o dia
e o céu
anoite.

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