A figura
está na parede
contando a história
de nossas
desavenças.
Por favor,
é silecioso
e não cala,
mas cale-se
e não afaste de mim
este.
O quarto
é seu,
mas sou eu
na forma batida
e desgraçada.
Não é possível
arranhar esta memória
que persegue
a felicidade.
"Ele te enterrou
em todo lugar
que foi,
enquanto você aparecia
e era a tremedeira
da madrugada."
Então chova,
pois a mancha no rosto
é translúcida
enquanto o coração
permanecer aquela coisa
que não ouve
e ousa desenterrar
as lombrigas da chance
que a escolha
desvendou.
Eu sou você
nos sapatos amargos
da ilusão.
domingo, 17 de outubro de 2010
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