"É temporário",
ele disse
e a porta do trem se fechou.
Tudo devia ao ser,
não era possível
negar
mesmo enquanto os dedos
tocavam a melodia
da falta.
Quando o salão
se esvaziou
pode-se ouvir
os passos na rua,
bom
o salão sempre esteve
concisamente vazio.
É temporário,
aquilo que foi perene.
Na miséria
eles pularam de mãos dadas
naquele rio,
condenado e condenaram-o
por ineficiência
das palavras pequenas.
Tão cruel
foi receber esmola
durante os anos negros
da economia ocidental,
que acidente.
Por isso
hoje escrevo,
como uma bibiana
sem terra.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
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