domingo, 30 de agosto de 2009

Descrenças

Com olhos dissimulados
Sonhando alto e em vão.
Distruindo facas
para toda multidão
em especial para amadores.

Planos,planos,planos.
Um mundo longe
um campo de liberdade
um vestígio libertino
um longo e gélido suspiro
desumidificado pelo cigarro
do desamor.

Cada sopro incitante
que construiu o padestal da vida e
a paliçada que garantia segurança
se mutando claustrofobicamente.

A inocência serviu de estupim.
com todo amor afogando e idealizando,
Rachando cartas e recordações
rasgar o pano que camuflava a realidade
tornou a chuva.

Palavras cantadas,
um fado que dança um tango argentino.
aquilo ou aquele que ousou,
que jurou falecer ao fim da eternidade.

Molhada, gotejando vermelho.
Revoltas da alma,
uivando em silêncio para devastar
a prisão física
que teima em revistar cada memória
e anseio que possibilitavam
o perdão.

Aquela noite não durmiu.
Nú, saiu à chuva.
Onde cada gota
o mutilou como mil
facas.

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