terça-feira, 14 de julho de 2009

Sem ofensas, mas desprezo você.

E a bituca voou, foi um sonho, um instante e tempo suficiente para refletir uma vida. Ageitou seu cabelo, criticou um pouco a polícia e com passos largos e calmos dançou meio fio cima a baixo. Ele estava fora dessa tal constituinte que abrange o lado direito da comunidade. Sem casa, sem bagagem, só a boa vontade e a griffe que para ele era sobreviver. Caminhou ladeira a baixo, não estava preocupado algo sempre aparece. Sol vinha descendo e a noite chegava com brisas que traziam lembranças de seu motivo e traziam a tona o único estupim para parafrasear uma vida beirando a sociedade. Sonhos para quem quiser, viver é a inesperada satisfação da surpresa calorosa, viver é cagar e não sentir falta do papel higiênico.
De volta a rua dose com a mauá, que desconforto é sentir a brisa da lembrança, vitórias não vem atona com toda esta facilidade. Sua mãe lavava as roupas das patroas do bairro vizinho, e ele comtemplava a bela domando a sujeira com as próprias mãos e se deixando oprimir por trocados para erguer um lar e um destino diferente ao qual seu filho tomou. Um olhar, ele não aturava. Ele queimava como carvão, era apenas uma piscada e já voltava todo o erro do mundo que aparecia em forma de calos nas mãos da lavradoura. Como é possível, dias, noites, horas, anos, estações, ele agora tinha 17 anos.
O comentário no telefone foi que a mademoiselle passaria para pegar a sacola de roupas limpas as duas da tarde, mas não no bairro, num lugar desses nem os ratos aparecem sem um incentivinho de jamel. Ele sabia, ele daria às mãos daquelas que sustentão seu desolamento. Era meio dia, não vou almoçar mãe, vou indo resolver seu serviço. Era um tipo de esperança singela e um tanto quando pretenciosa, e esta é a última que morre, antes dela o coração para de pulsar. A bicicleta ultrapassava tudo, vontade, ódio, relaxava e enquanto puxava uma bola de ar puro, via o posto chegando. Era ali que a mulher de deus viria pegar a sacola. Encostou seu carro no canto perto do lixo e o frentista com um olhar engraçado um tanto quanto penetrando o como uma bala no seu estilo despojado de vestir se. Quer alguma coisa, não estou só esperando aqui, o escravo virou se entrou para dentro de um quarto escondido escuro e provavelmente pecador, nesse instante o futuro do país jogou um pouco de gasolina na sacola. Que idéia que brilho e que lindo. Estão escorrendo lágrimas por escrever isto, a mulher chegou com saltos altos e uma saia que tornava desejavel até uma puta de elite daquelas, ela pagou o garoto e ele com um isqueiro ascendeu o brilho naquelas notas e passou o fogo para a sacola que voou na safada a qual por desespero estúpido soltou as roupas que caíram no chão e logo o menino sacou sua pistola de gasolina e transtormou a querida miss mclure em brasas. Acendeu um cigarro e saiu fora. Ingenuo ou não sem piscar os olhos.

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