quarta-feira, 10 de junho de 2009

A última.

- "Direi que sim. Bom tentarei ao menos dizer que sim. Vai ser difícil mas ela tem de aceitar! "Meu bem, eu não pago as contas. Ainda assim eu tenho a maior necessidade de usufruir dos benefícios, o que me torna privilegiado nessa nossa sociedade.", ela vai me botar pra fora. Está aí! Outro motivo. Ultimamente eles realmente têm insistido em aparecer. Diabos, diabos, diabos, a insistência vai se tornar ,logo, mais um motivo. Está aí! Outro motivo. Maldita novena, quem dirá que este tempo realmente passou, ela? Como ela vai afirmar isso se apenas se dedicou a distância? Ela não sabe. Me zanguei com xâmpu, com a lâmpada que queimou, com a comida que faltou e agora mais esta? A ela vai ter de me entender. Não sei como fiquei esses nove dias, inferno árido. Sinto esse ar que me dizem necessário erodir minha garganta. E agora, ela compreenderia? Afirmo que não, maldita seja essa percepção sóbria. Devo estar erudito, é falta. Falta sim,porém estou certo de que não é falta dela. Ela que me perdôe, conheço sua sede e sua angústia, partilhamos muitos momentos bons mas agora eu preciso. Isso mesmo eu! Vou pensar em mim, em minhas desculpas. É questão de independência, eu estou sofrendo com um pacto colonial aqui meu amigo. Quanto tempo mais essa sobriedade ,sobre tudo, vai me enfernizar? Ela que me perdôe!"

... Nove dias escuros. Entra alguma luz pela porta. Ela entra, mas não em conjunto com a luz. Olha em sua volta. A prateleira.

- Seu beberrão infernal, foi sua última! Esta era, você sabe MUITO bem, a minha última garrafa de whisky! Safado, vá beber as custa do diabo. E quanto ficar devendo ele que meta uma garrafa no teu rabo!

- E que esta esteja cheia. Tchau beibe.

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