quarta-feira, 29 de abril de 2009

Selva

Que noite, arvores secas,molhadas, próximas, abafam a luz da lua.
Não é possível ver nem seu temor.
Tudo é tão importante, tudo me importa de um modo tão secundário.
Pesa, cante a dor.
Meu covio é frio, não tenho palha para abafar minha toca.
Alguns me chama de lobo,
não me chamo de nada.
Não leio dentro de mim, estou no escuro.
Preciso cuidadar das crias como cuidaram de mim.
Isto é
Entro na neve, meus passos se afundam,
neve macia, patas leves, bom canto, boa armadilhar.
A ingrime montanha, vejo ela tão alta.
Chego ao topo e uivo, uivo como nunca,
ninguém pode ouvir e quem ouviu não entendeu.

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